Alimentação

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Conheça melhor a alergia alimentar ao glúten

Data: 3 de junho de 2013 Autor: Pratinho Saudável Categorias: Alimentação, Situações especiais 2

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Doença Celíaca

Também chamada de doença celíaca, a alergia ao glúten atinge cerca de 4 milhões de pessoas no Brasil, sendo que a maioria desconhece ser portador da condição. Normalmente, a doença celíaca surge na infância, entre o primeiro e o terceiro ano de vida, mas não é uma regra, ou seja, adultos também podem desenvolver a condição.O glúten é uma substância proteica do grão de trigo e de outros cereais, como o centeio, a cevada e a aveia. Algumas pessoas desenvolvem uma intolerância ao glúten que leva a uma reação do sistema imunológico. O corpo reconhece o glúten como um invasor e produz anticorpos para destruí-lo. Isso causa uma inflamação e danifica a mucosa do intestino delgado, o que dificulta a absorção de nutrientes.Com o tempo e sem o tratamento adequado, a doença pode levar a um estado nutricional ruim, além de outras complicações como anemia, perda de massa óssea, problemas digestivos, neurológicos e perda da qualidade de vida em geral.
Pessoas com doença celíaca apresentam intolerância ao glúten e a única maneira de evitar os sintomas é retirar alimentos que contenham glúten da dieta, fazendo substituições.Embora mais da metade dos pacientes não apresente sinais da doença celíaca, os mais comuns são:

Crianças
Adultos
- diarreia ou diarreia com gordura
- fezes com cheiro desagradável
- apatia
- pouco ganho de peso (crianças)

-fadiga generalizada
- incapacidade de ganhar ou manter o peso,
- anemia
- osteoporose
- problemas de coagulação

 

A doença normalmente é considerada crônica e requer a retirada do glúten da dieta por toda a vida, devendo ser abolidos o trigo, o centeio, a cevada e a aveia. Os rótulos dos alimentos industrializados devem ser cuidadosamente observados.

Confira nossas dicas para fazer a substituição alimentar

Ao preparar os alimentos, substitua 1 xícara de farinha de trigo por:

–          1 xícara rasa de fubá

–          7/8 de xícara de farinha de arroz branco ou integral

–          5/8 de xícara de fécula de batata

–          1 xícara de farinha de milho

–          1 xícara de farinha de soja + 1/4 de xícara de fécula de batata

–          1/3 de xícara de farinha de soja + ½ xícara de fécula de batata + ½ xícara de farinha de arroz branco ou integral

–          ½ xícara de farinha de soja + ½ xícara de fécula de batata

 

Para engrossar preparações, substitua 1 colher de sopa de farinha de trigo por:

–          1 e ½ colher de sopa de maisena

–          1 e ½ colher de sopa de amido de araruta

–          1 e ½ colher de sopa de gelatina

–          1 e ½ colher de sopa de fécula de batata

–          1 e ½ colher de sopa de farinha de arroz doce

–          2 colheres de sopa de tapioca para cozimento rápido

–          1 colher de sopa de farinha de arroz branco ou integral

 

Dicas da Nutricionista

–          É melhor combinar mais do que um tipo de farinha no preparo dos alimentos para um produto melhor

–          As farinhas devem ser guardadas em lugar frio e seco

–          A massa da preparação pode ficar mais fina ou mais grossa do que a receita original, mas evite adicionar uma quantidade maior dos substitutos

–          A quantidade de fermento deve ser dobrada na receita

 

Os seguintes alimentos devem ser evitados por portadores de doença celíaca ou de intolerância ao glúten:

–          bebidas:  achocolatados comerciais, leites maltados e instantâneos, cremes não lácteos, bebidas de cereal, café instantâneo aromatizado, alguns chás vegetais com cevada

–          pães: quaisquer feitos com trigo, centeio, aveia, cevada, misturas prontas para biscoitos, pão de milho, baguetes, waffles, pães com germe de trigo, farelo, biscoitos industrializados em geral;

–          cereais: todos os que contém aromatizante de malte, trigo, centeio, aveia, cevada, germe de trigo;

–          sobremesas: todas as misturas prontas (exceto as que não contêm glúten), bolos e biscoitos industrializados, todas as que contiverem estabilizantes com glúten, pudim de pão ou engrossado com farinha;

–          gorduras: molhos prontos para saladas que contêm estabilizantes com glúten ou vinagre branco destilado;

–          frutas: purê de frutas industrializado, algumas coberturas de tortas (checar a composição com o fabricante);

–          carnes: todas as preparadas com trigo, centeio, aveia ou cevada, enlatados, preparadas com pães, alguns embutidos (checar a composição), as que contêm goma de aveia;

–          batatas ou substitutos: macarrões preparados com trigo, aveia, centeio ou cevada, batatas cremosas, misturas comerciais de arroz, macarrão ou batata;

–          sopas: misturas comerciais preparadas com trigo, aveia, centeio ou cevada;

–          vegetais: cremes feitos com pão, enlatados ou prontos preparados com creme ou molho de queijo.

 

A composição de cada produto comprado precisa ser examinada. Alguns termos podem indicar a presença de glúten ou de gliadina como: farinha enriquecida, proteína vegetal hidrolisada, cereais, extrato de malte ou cereal, aromatizante ou condimento de malte, vinagre destilado. Se algum ingrediente gerar dúvida quanto à composição, haverá a necessidade de contatar o fabricante do produto para checar a presença de glúten ou gliadina.

Mas é preciso ficar atento aos ingredientes de produtos importados, pois nem sempre existe indicação da presença ou não do glúten.

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2 Comentários: "Conheça melhor a alergia alimentar ao glúten"

  1. Publicado por: Raquel Benati Data: 31 de outubro de 2013

    Responder

    Obrigada pela divulgação da doença celíaca. Infelizmente o número de celíacos já diagnosticados no Brasil é bem pequeno. Muitas pessoas estão doentes e nem imaginam que o trigo possa ser o seu principal problema.

    Apenas uma informação – o glutamato monossódico não tem glúten, embora seja considerado um produto que faz mal à saúde. No Brasil o amido modificado vem do milho. Também os emulsificantes e estabilizantes no Brasil não contém glúten. Existe a Lei Federal10.674/2003 que obriga os fabricantes brasileiros de alimentos e bebidas a identificarem no rótulo se o produto “Contém glúten” ou “Não contém glúten”, conforme o caso.

    Mas é preciso ficar atento aos ingredientes de produtos importados, pois nem sempre existe indicação da presença ou não do glúten.

    Raquel Benati
    Associação dos Celíacos do RJ (ACELBRA-RJ)
    http://www.riosemgluten.com

    1. Publicado por: Pratinho Saudável Data: 14 de outubro de 2013

      Responder

      Olá Raquel, obrigada por sua mensagem e pelos esclarecimentos. As informações passadas são muito úteis. Com relação a sua observação, vamos corrigir no post! Obrigada e é sempre bom contar com as Associações.

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