Publicidade de alimentos
Publicidade de alimentos
Cuidado com o que seu filho vê na TV
As crianças têm sido expostas cada vez mais cedo a uma alimentação rica em açúcar, sal e/ou gordura, seja pelo aumento da jornada de trabalho dos pais, ou pela falta de opções saudáveis nas escolas ou ainda pelo bombardeio de propagandas de produtos alimentícios que influenciam negativamente as escolhas alimentares.
Estes fatores contribuem para reforçar o consumo de alimentos industrializados, a realização de refeições fora do domicílio (em cantinas, restaurantes, fast food), bem como a busca pela praticidade e economia de tempo dos pais.
Se, por um lado, as práticas alimentares se adaptam ao ritmo acelerado do cotidiano, por outro, as indústrias de alimentos cada vez mais oferecem “soluções” para reduzir o tempo de preparo por meio de alimentos pré-cozidos, congelados, enlatados, etc. Essas “soluções”, via de regra, são ricas em gorduras ruins para o coração, açúcares refinados, sal e baixa quantidade de fibras, vitaminas e sais minerais.
A interação que as crianças têm com a televisão pode levar a uma concepção errada sobre o que é um alimento saudável. Estudos revelam que as crianças brasileiras estão gastando mais tempo em frente à televisão do que praticando atividade física. E sabemos que quanto maior o tempo assistindo TV, maior a chance de excesso de peso.
Outro ponto importante é que a programação assistida influencia na formação de hábitos alimentares, contribuindo para o aumento da incidência de sobrepeso e obesidade na infância. É fato que as propagandas de alimentos infantis influenciam na decisão pela compra, tanto por parte das próprias crianças, quanto dos pais.
De acordo com um recente estudo, algumas marcas de produtos alimentícios, tais como, leite fermentado, fast food, cereal matinal, chocolate, salgadinho tipo snack, biscoito recheado e chiclete estão fora da regulamentação técnica sobre propaganda de alimentos. Os principais argumentos que vão contra as leis que regulamentam a publicidade de alimentos apontados pelo estudo são:
- O produto é essencial para a saúde
- O produto substitui alimentos naturais
- O produto é benéfico para a saúde
- Estímulo ao consumo excessivo
- O produto pode substituir uma refeição
- Persuasão da criança sobre os pais
- Uso de personagens e figuras
- Aquisição de brindes
Estas infrações não devem acontecer, e novas exigências devem ser feitas para a garantia da divulgação de produtos adequados para o consumo das crianças. Certamente, uma regulamentação mais rígida de propagandas sobre alimentação pode contribuir para escolhas mais saudáveis e para a formação de bons hábitos desde a infância.
QUE TAL AJUDAR A DIVULGAR? COMPARTLHE!