Publicidade e hábitos alimentares
Publicidade e hábitos alimentares
A obesidade infantil está crescendo de forma preocupante. O estilo de vida sedentário, associado a dietas com alto teor de açúcar, sódio, gorduras e calorias, coloca o futuro das crianças em risco.
A publicidade da indústria de alimentos dirigida ao público infantil também tem uma parcela de culpa pela epidemia da obesidade. Os anúncios e comerciais influenciam escolhas alimentares e estimulam o consumo de produtos industrializados, ricos em açúcar, gordura e sal.
Cereais matinais, sobremesas lácteas, achocolatados, biscoitos recheados, salgadinhos… A lista de produtos voltados para as crianças é extensa e, em geral, eles têm valor nutricional muito baixo. A promessa de vitaminas e sais mineiras na embalagem é um truque publicitário. Mesmo fortificado com vitaminas, o alimento continua a ser mais prejudicial à saúde do que benéfico.
Brindes, brinquedos e personagens da moda estampando o rótulo de produtos pouco nutritivos também atraem o interesse das crianças para alimentos nada saudáveis.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) são responsáveis por cerca de 36 milhões de mortes por ano em todo o mundo. Muitas dessas doenças são resultados do sedentarismo, da alimentação ruim e da obesidade. Estimular a alimentação saudável é, portanto, uma necessidade.
Mas como incentivar se a criança está exposta a propagandas que estimulam justamente o contrário?
Esta é mais uma missão para os pais que pretendem incentivar hábitos alimentares saudáveis para seus filhos. Como não é possível controlar propagandas, é necessário orientar os pequenos a terem consciência do que estão consumindo e o efeito que esses alimentos têm no corpo. Nem todo produto industrializado é ruim ou prejudicial à saúde. Assim como nem todos fazem propagandas apelativas para chamar a atenção das crianças.
Participar da escolha dos alimentos das crianças e incentivar a prática regular de atividades físicas colabora para afastar o risco da obesidade. Os nossos hábitos alimentares são criados na infância e, por isso, a orientação correta nessa fase da vida pode ser crucial para formar um adulto saudável.
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