O hábito faz o monge
Quando decidimos mudar hábitos comuns, como incluir atividade física no nosso cotidiano, precisamos de determinação, empenho e mais determinação e mais empenho, além de disciplina, disciplina e mais disciplina. Para mudar os nossos hábitos alimentares temos de dobrar as doses de disciplina, empenho e determinação e acrescentar constância. Afinal, hábito é aquilo que fazemos sempre, são atitudes que repetimos todos os dias. Por isso, elas se tornam um hábito.
Seguem aqui algumas sugestões de mudanças de hábito feitas por especialistas que podem fazer uma grande diferença na adoção de costumes saudáveis de alimentação:
1- Se as refeições em casa são feitas sem a presença da criança. Mude. Passe a realizar as refeições, pelo menos algumas, em família e prepare refeições que possam ser saboreadas por todos para que a criança não se sinta excluída à mesa;
2- Se a criança costuma se servir sozinha e coloca muita comida no prato, adote a brincadeira Dia do Prato Feito. Você prepara o prato, servindo os alimentos em porções menores. Nesse dia, as travessas não vão para a mesa. Assim, evita-se o consumo de grandes quantidades e a repetição dos pratos;
3- Recorre a alguns truque para reduzir a quantidade de comida que vai no prato do filho: use pratos menores e coloque mais quantidades de alimentos de baixo valor calórico como alface, agrião, tomate, palmito. A criança terá a impressão que está comendo mais;
4- No período de transição de mudança de hábito faça cardápios e nele não inclua pratos feitos com molhos ricos em gorduras, como os brancos, à bolonhesa ou à base de queijos. Prefira molhos vermelhos;
5- A lista de compras do supermercado deve ser rígida e excluir alimentos calóricos assim a casa fica livre de guloseimas, e a criança, sem opção de se entupir de açúcar e gordura. Em troca, aumente a oferta de frutas e as deixe bem à vista e fáceis de serem pegas;
6- O ambiente doméstico não pode se transformar em uma arena de UFC. Não brigue com a criança. Não a critique durante as refeições para que ela não desconte as frustrações no prato de comida. Se ela se acostumar a comer demais por outras razões que não a fome, provavelmente continuará a fazer isso pelo resto da vida.
7- E super importante: elogie sempre qualquer progresso que a criança estiver fazendo. Enfatize o que a criança pode comer, ao invés de reforçar a todo instante o que ela não pode. As conquistas devem ser comemoradas.
8 – Por fim: não sabote a mudança na alimentação da criança. Mude junto, afinal não é a criança que vai ao supermercado fazer as compras. Nem é ela que vai para o fogão cozinhar os pratos. O sucesso na mudança de hábitos alimentares de uma criança depende totalmente dos pais.