A obesidade infantil é invisível?

Data: 24 de outubro de 2012 Autor: Pratinho Saudável Categorias: Alimentação, Situações especiais 1

A resposta para a pergunta é sim se a criança é pequena e ainda não entrou na escola. Foi o que afirmaram a nutricionista Karine Durães e o nutrólogo Carlos Nogueira. Os especialistas explicam que ainda hoje as famílias brasileiras enxergam que o bebê e a criança pequena gordinhos, de pernas com muitas dobras, bochechas cheias e rosadas são saudáveis e que a criança magrinha, de pernas “finas”, pode ser subnutrida. Tudo culpa de nossa herança de severa desnutrição infantil, que matava milhares de brasileirinhos por ano.

O problema da desnutrição infantil não desapareceu no Brasil, mas o da obesidade infantil é hoje muito mais comum nos consultórios pediátricos e nos postos de saúde do que o da criança subnutrida. Mas por conta do nosso passado recente de fome, a obesidade infantil ainda não é vista com olhos de enxergar pelos pais.

“De cada duas crianças, uma tem sobrepeso”, avisa o nutrólogo Carlos Nogueira. O sobrepeso é tão perigoso quanto a obesidade. Mas o excesso de peso só passa a ser notado pela família quando a criança entra na escola e começa a ser vítima de discriminação pelos colegas. Nesse momento, o botão de alerta acende em casa. Não precisa esperar o filho ser rejeitado na escola. Se os pais têm alguma dúvida se a criança tem quilos a mais que o ideal, é importante pedir ao pediatra para que os dados de peso e altura do filho sejam colocados no gráfico de IMC (Índice de Massa Corpórea). Só assim é possível saber se a criança está dentro ou fora do padrão. Se o médico disser que não precisa. Insista. E não confie no olhômetro!